Por : Rosana Rodrigues ( 2017)
Breve comparação entre os PCN'S e as orientações pedagógicas para o Ensino da Matemática no Ensino Fundamental I.
Abordando o porquê e para
que ensinar Matemática, abrange outros campos além do relativo aos “programas
curriculares”. Envolve a compreensão e consequente interpretação que se faz
sobre as finalidades e objetivos expressos nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) para o ensino da matemática.
Em relação ao ensino da matemática nos dias de hoje,
vemos que vislumbra a ideia de interação com outras áreas do conhecimento, por
meio de atividades que explorem problemas em determinados temas e que permitem
a interação matemática.
Este presente trabalho apresentará um comparativo entre
os PCN’S e as orientações pedagógicas para o professor de Matemática no Ensino
Fundamental I, no estado do Paraná.
No
ensino fundamental a matemática não deve ser vista apenas como pré-requisitos
para estudos posteriores.É preciso que o ensino da disciplina esteja voltado a
formação de cidadão, que utiliza cada vez mais conceitos matemáticos em sua
rotina.
Ao reproduzir os processos pelos quais
alguns conceitos matemáticos foram desenvolvidos, a partir de necessidades
diferentes povos e culturas (um exemplo clássico é o cálculo de áreas em função
da divisão de terras para o cultivo), o professor tem a chance de estimular nos
alunos a capacidade de dedução e o raciocínio lógico.
No primeiro ciclo: A criança neste
período traz consigo uma bagagem de conhecimentos informais sobre numeração,
medida de espaço e forma. Essas informações são adquiridas em seu contato
diário com os pais (fazendo compras, controlando despesas). Nas contas que ela
própria faz (somando pontos de um jogo, controlando a quantidade de figurinhas
que possuem).
Por isso cabe ao professor neste
período estimular a troca de ideias entre as crianças, trabalhar nelas o que as
mesmas possuem. As crianças nesta faixa de idade não fazem a classificação do conhecimento
em grandes áreas (aritmética, geometria, medidas). Portanto na prática diária
da sala de aula, o professor deve interligar o máximo possível esses conteúdos
tendo os blocos, apenas como referência para o planejamento de ensino. Nessa
fase os alunos deverão aprender a calcular somas e subtrações básicas, ou seja,
que contenham apenas duas parcelas menores do que dez.
No
segundo ciclo: Estão presentes os mesmos 5 blocos e conteúdo visto no 1º ciclo.
A diferença fica por conta da inclusão dos números racionais, na forma de
frações ou de números decimais (com vírgula). O professor deverá apresentar os
números racionais, sempre mostrando a utilização desse tipo de número no
cotidiano.
No
terceiro ciclo: A valorização da argumentação dos alunos:
- Criar
situações para que a turma não se satisfaça apenas com a produção de respostas,
mas procurar justiça-las. É fundamental apresentar situações problemas com
números naturais, racionais e inteiros que possibilitem o desenvolvimento do
sentido numérico.
Para aprender tudo isso é
interessante que o professor crie situações com exemplos a partir de dados
reais, que o aluno se questiona sobre a sua vida futura. Para isso não
interfira negativamente no ensino da disciplina, o professor precisa, mais do
que nunca inserir o aprendizado escolar na prática diária.
É
importante continuar valorizando a aritmética, além de transmitir os conteúdos
que envolvem álgebra. A matemática esta diretamente relacionada a outras áreas
de estudo, como ciências naturais(densidade, velocidade, energia elétrica) e
geografia ( coordenadas geográficas, densidade demográfica, escalas de mapas).
Dessa forma é conveniente integrar o ensino matemático ao de outras disciplinas
que usem o mesmo conceito.
Segundo Smole, Diniz e Cândido (2000),
sugere situações problemas a partir de brincadeiras infantis (amarelinha,pular
corda, entre outras), ou seja, após os alunos realizarem a brincadeira o
professor pode propor algumas problematizações tais como: quantas casas tem a
amarelinha? Saindo da casa onde esta o 7, por quais casas passamos para chegar
ao 2? Já em relação a brincadeira pular corda, pode-se iniciar questionando a
respeito das diferentes maneiras de pular corda (zerinho, cobrinha, entre
outras). Segundo as autoras, este tipo de atividade propicia que o aluno
vivencie situações reais a serem resolvidas, as quais além de despertarem o
prazer de estudar matemática também desencadeiam para a resolução de um
problema: identificação dos dados, mobilização dos conhecimentos matemáticos,
construção de uma estratégia, organização na busca de solução, análise do
processo e validade da resposta.
A definição de saber matemática
proposta pelo município esta de acordo com os
PCN’S, pois entendem a matemática como área de conhecimento que possui estrutura
de teoremas e demonstrações.
Conclui-se
que os educadores matemáticos acreditam ser necessário que os alunos se tornem
capazes de propor e resolver, conhecer técnicas diversas, compreender as
implicações matemáticas de um problema, trabalhar em grupo para resolve-los,
aplicar ideias matemáticas a problemas
abertos, acreditar na importância da resolução de problemas para a real
aprendizagem da matemática e da importância desta para a vida cotidiana.
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