PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM: CONCEITOS, TEORIAS
E SUAS IMPLICAÇÕES.
Por: Rosana Rodrigues (2014)
Uma breve pesquisa sobre as teorias de inteligência
de Piaget e Gardner abordando suas características e um comparativo autocrítico
sobre os mesmos.
Apresentando um dos
conceitos de criatividade abordados no livro de Psicologia da aprendizagem:
Processos psicológicos e aprendizagem: inteligência, criatividade e memória, onde
será avaliado como podem ser aplicados no trabalho dos professores.
E por fim uma breve reflexão sobre a frase: “nossos interesses e preferências ,
assim como, a necessidade especifica de aprender algo, influencia a natureza e
a intensidade da memória resultante” , baseando-se na memória declarativa.
Definindo
as teorias de Piaget e Gardner, observa-se que a inteligência para Piaget é um
caso particular de adaptação biológica e este processo é descrito por ele
através da construção material de novas formas para inseri-las nas do universo,
e a inteligência prolonga tal criação construindo mentalmente as estruturas
(cognitivas) suscetíveis de aplicarem ao meio. A adaptação é definida por
Piaget como um equilíbrio entre a assimilação e a acomodação. Na teoria de
Piaget o desenvolvimento cognitivo é um processo que realiza em todo ser humano
e caráter sequencial, isto é, numa série de estágios. Dito de outra forma: cada
estágio do desenvolvimento compreende a realização de uma estrutura cognitiva.
Para Gardner, ele já afirma que a
inteligência é formada por diversas capacidades, como: inteligência
linguística, que apresenta elementos primordiais que estão presente na vida do indivíduo como escutar, falar, ler e escrever.
Se analisarmos as teorias de Piaget
e Gardner, podemos verificar que tanto um como o outro, os pensamentos não
condiz com a realidade que conhecemos e trabalhamos. Porque para Piaget a
inteligência é um caso particular de adaptação biológica, ou seja, por meio de
estímulo construído, o construtivismo. E para Gardner a inteligência vem de um
conjunto de habilidades, mas na realidade a criança não constrói uma
inteligência na escola, pelo contrario ela já vem com uma bagagem adquirida no
meio em que vive, ou seja, com experiências próprias de sua vivencia que devem
ser consideradas como ponto de partida para a sua inteligência. No entanto as
teorias não resolvem os problemas que afetam o ensino, pois com a introdução de
novas tecnologias nas escolas, devemos atentar para diferentes posturas em um
processo de reflexão fundamentada nesses teóricos.
Abordando os conceitos de
criatividade podemos dizer que, reclama novas formas de enxergar o mundo nos
mais diversos campos pelos quais transita e se constitui a vida humana.O ato de
criar combina vários estilos cognitivos, além de fluidez, flexibilidade e
originalidade.
Conceituando criatividade, define-se
que criatividade é a decisão de fazer algo pessoal, saber utilizar a informação
disponível, tomar decisões, ir além do aprendizado, mas contudo saber
aproveitar qualquer estímulo para solucionar problemas e buscar qualidade de
vida.
O professor precisa estar atento, se
sentir realizado no que faz. Se o professor estiver bem consigo mesmo, vai
conseguir buscar coisas novas, ir além do aprendido, dentro de sua
universidade. Ele irá ter maturidade, em tomar decisões, porque ninguém dá
aquilo que não tem.
O professor preparado consegue
captar as necessidades dos alunos por meio de relatos de experiências vividas e
saberá aproveita-las, estimulando os alunos em sala de aula a solucionar
situações diárias, buscando assim um ótimo aprendizado.
E segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais (1997,p.41): “A imaginação criadora permite ao ser
humano conceber situações, fatos, ideias e sentimentos que se realizam como
imagens internas [...]. É a capacidade de formar imagens que torna possível a
evolução do homem e o desenvolvimento da criança; visualizar situações que não
existem mas que podem vir a existir abre o acesso a possibilidades que estão
além da experiência imediata.”
Sendo
assim com base na ideia de memória declarativa, vê-se que quando a codificação é elaborada e profunda,
a memória é melhor, ou seja, isso se dá principalmente nos casos em que aprendemos algo que nos interessa, no qual estamos envolvidos
como um todo. “nossos interesses e preferências , assim como a necessidade de
aprender algo, influencia a natureza e a intensidade da memória resultante”,
esta frase citada no texto, nos deixa claro a importância de se trabalhar em
sala de aula recursos visuais, dinâmicas, ludicidade e assuntos atuais, deixando
a sua aula interessante.
A
criança quando esta bem estimulada é bem sucedida ao realizar suas atividades,
por que o ato de lembrar vai depender também da parte da lembrança disponível
que serve como pista para os demais; do contexto no qual se deu a informação a
ser buscada, do humor e do estado da mente no momento da lembrança a criança
terá mais facilidade para lembrar se realmente ela fez parte desta aula.
Quando
o contexto atual é o mesmo no qual se aprendeu algo, o ato de lembrar acontece
de forma mais efetiva. Um aluno bem
estimulado, é um adulto realizado.
CONCLUINDO
Conclui-se que ao se
analisar os teóricos de Piaget e Gardner em relação a inteligência, devemos
considerar que esta inteligência não é tão somente adquirida na escola em que
se está em processo de aprendizagem, ela já vem consigo pelas experiências e
vivencias externas às escolas.
Constata-se que os diferentes conceitos de criatividade
analisados, revelam concepções presentes no papel da educação por meio do
ensino da arte para desenvolver a criatividade. No entanto pode-se dizer que
criar e ser criativo depende do desenvolvimento e do estimulo possibilitando um
conhecimento que habilite o indivíduo a produzir sua própria representação
artística, nas diferentes linguagens.
E por fim nos estudos em relação a memória declarativa em
suas implicações vemos que quando o indivíduo aprende com interesse, ou seja,
se a matéria ensinada é passada como motivações que estimulem, o indivíduo
passa a internalizar em si tudo o que foi ensinado com prazer fazendo assim com
que fique em sua memória.
REFERÊNCIAS
NUNES, LIMA BELÉM IGNEZ ANA/ SILVEIRA,DO NASCIMENTO
ROSEMARY – PSICOLOGIA DA APRENDIZEGEM – ED. RBS, 2010 ( CAP.03 – PG.59 A 79)
BRASIL.
Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte.
Vol. 6 (1ª a 4ª série). Brasília: MEC/SEF, 1997. 130 p.
AMORIM, CLOVIS – FUNDAMENTOS
PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO – FAPI (FACULDADE DE PINHAIS) – ED. PRÓ-ESCOLA - 2010